segunda-feira, novembro 29

E derrepente eu estava em outro mundo.

   E quando abri os olhos, só avistava a apertada trilha que me envolviam, as árvores eram tão perfeitas, tão alinhadas, que pareciam que foram plantadas ao invés de nascerem naturalmente. Levantei-me e fui em direção a trilha, nela tinha tantas pedras, com variados formatos e com cores tão vivas que invadiram meus olhos com admiração, era tudo muito perfeito.
   Aos poucos eu ia sentindo o cheiro do mar, aquele cheiro calmante com leves batida a terra, o típico som do mar batendo as margens da terra, que pra mim, era um calmante para os ouvidos. Eu me sentia livre, a felicidade vinha como o vento, era tão bom e tão calmo, eu não conseguia conter o quanto eu estava me sentindo feliz, era incrível.
    A trilha era tão longa, que me deixava cansada, mais nada me fazia desistir de conhecer o que estava me esperando. E quando vejo três árvores, com seus galhos entrelaçados, penso que o caminho acabou, mais quando chego mais perto, vejo que dá pra passar, e assim eu tento tirar os galhos e finalmente consigo sair da trilha, me deparando então com uma linda paisagem, tão verde e pura, que só de sentir o vento, parecia que todos os seus problemas e preocupações tinha ido embora e que só restava amor, paz e felicidade. Era incrível como a cachoeira era tão bem formada, parecia desenhada por um grande pintor, a água caía perfeitamente com as curvas da cachoeira, tudo muito bem alinhado, eu então ficava boba por tão perfeição. Oh, meu Deus, será que eu morri? Será que estou no paraíso? Onde estavam os anjos? - Suspirava, mais nada tinha uma resposta, o que me deixava magoada, mais tudo ia embora rapidamente quando eu fixava meus olhos no lindo rio cristalino,  tão puro e calmo isso me deixava fascinada.
  Restava-me então rolar na grama, rolar feito uma criança que iria a primeira vez á um parque de diversão, loucamente e alegremente. O cheiro da grama era tão bom, tão puro e limpo, o que era algo difícil de ver nos dias atuais nas grandes cidades, até mesmo nas fazendas e cidades distantes, não era possível você rolar na grama, pois ou tinha fezes de animais ou tinha lixo espalhado, e aí isso acabava com qualquer clima que a gente quisesse ter com a natureza.
   E quando eu me canso de rolar pela grama de cantar a linda música do Paul McCartney - Let It Be, observo no horizonte, o sol tão lindo, e vi um homem, com uma roupa branca, andando tranquilamente pela grama, não consegui ver seu rosto, por causa da luz do sol, mais ele vinha com calma, e quando menos esperei, ele acenou pra mim e mandou beijos,  consegui enxergar um pouco seu lindo sorriso,  mais apenas isso, como queria ter visto seu rosto, mais ele fora embora sem nem ao menos ter uma conversa comigo, ele foi saltitando e muito feliz.
  Um lugar desses não existiria no mundo terreno, poderia existir algo parecido, mais com tanta perfeição, nunca mesmo. Apenas em minha mente eu pensava: “então será que eu estava compartilhando meu sonho com outras pessoas?”, isso me cercava a mente, mais nada que eu pensava compensa o que eu estava vivenciando, era inexplicável.
  Fui novamente até as margens do rio,e observei melhor os peixes, tão coloridos, e me deitei em torno de uma pedra, e sem querer adormeci, e quando acordei, eu estava novamente em meu quarto lilás e com um televisão velha, é, aquilo então seria apenas mais um sonho de uma linda manhã.

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