sábado, dezembro 3

Irreal.



Os olhos cansados de uma mente cansada
Para além daquele ribeiro mutilado
Cegados pela areia atirada
Pelo vento malvado

Sopra forte
Sopra sem rumo
Levando consigo a morte
E do incêndio que a causou, o fumo

Ondas de fumo que lentamente engolem o ribeiro
Para lá daquelas tristes terras distantes
Um olhar certamente certeiro
Sobre o “Antes”


O céu tem olhos
Eles se agrupam aos molhos
São os únicos que sobre o mundo olham
Mas sem nada poder fazer, apenas pairam e flutuam