sexta-feira, agosto 12

Olho nos seus olhos,


  e vejo alegria, esperança, risos e felicidade, mas penso: "Será que é verdadeiro?" Meu rosto expressou essas palavras sem que eu notasse e logo deixei revelar a minha dúvida, mas para a minha surpresa, ela sorriu sinceramente e daí tive a certeza de que não errara na escolha de uma nova amizade.
   Ás vezes escolher alguém para estar ao seu lado não parece ser muito legal, mais foi a forma que encontrei de ter a certeza de que esses novos amigos não me abandonarão. Estaria eu enganada sobre isso? Não sei, o futuro é tão imprevisível.
   Estar com um amigo é como estar num sonho, num conto de fadas, aonde tudo favorece para que um momento feliz seja o melhor possível. Risos ou gargalhadas? Roupas ou fofocas? Choros ou animação? O que definiria uma amizade? Seria ela feita de momentos? Eu pelo menos definiria assim, pois os momentos são importantes, a convivência, o sentimento, a confianças... É eu acredito no momento e sei que daí sai muitas coisas, afinal, quem gosta de momentos tediosos? Eu não! E faço o possível para ele não vim me perturbar quando estou acompanhada.
   Uma amizade, em minha opinião, quando verdadeira, pode ser comparada a uma relação entre um animal e o ser humano, e isso é só por causa de um motivo: É VERDADEIRO! Por isso é tão importante ter alguém do seu lado, te ouvindo e aconselhando, te ajudando de todas as maneiras possíveis e te mostrando o lado bom da vida. Eu valorizo meus amigos, e você? Já pensou como seria a sua vida sem alguém? Seria simplesmente vazia e sem cor, e com certeza você ficaria louco (risos). 
   Mais existe um tipo de amigo para cada pessoa, só falta paciência para procurar e vontade para manter, senão sua procura de nada valerá.

quinta-feira, agosto 11

In Extremis



Nunca morrer assim! Nunca morrer num dia
Assim! De um sol assim!
Tu, desgrenhada e fria,
Fria! Postos nos meus os teus olhos molhados,
E apertando nos teus os meus dedos gelados...

E um dia assim! de um sol assim! E assim a esfera
Toda azul, no esplendor do fim da primavera!
Asas, tontas de luz, cortando o firmamento!
Ninhos cantando! Em flor a terra toda! O vento
Despencando os rosais, sacudindo o arvoredo...

E, aqui dentro, o silêncio... E este espanto! e este medo!
Nós dois... E, entre nós dois, implacável e forte,
E arredar-me de ti, cada vez mais, a morte...

Eu, com o frio a crescer no coração, — tão cheio
De ti, até no horror do derradeiro anseio!
Tu, vendo retorcer-se amarguradamente,
A boca que beijava a tua boca ardente,
A boca que foi tua!

E eu morrendo! E eu morrendo
Vendo-te, e vendo o sol, e vendo o céu, e vendo
Tão bela palpitar nos teus olhos, querida,
A delícia da vida! A delícia da vida
     
             Olavo Bilac