terça-feira, julho 19

Quem ama sabe...

Apezar de fazer sol lá fora, o frio permanecia aqui em meu corpo, o frio permeava meu coração.
Frio, é medo na verdade, medo de que meus olhos nunca mais o avistassem.
Incessantes, meus olhos esperavam... Esperavam, numa espera inútil... Algo difícil de aceitar quando se ama.
-Avistou algo, jovem? Os passos escuros no chão frio. O corpo de vento me trazia lembranças da grande pessoa que sou... Lembranças da grande pessoa que fui... Lembranças de quando tudo aconteceu e por isso ser uma herança que carregaria em meu coração.
-Nada ainda. Talvez esteja a caminho, e mais tarde esteja a caminho, e mais tarde esteja chegando...
Como o vento dessa solidão poderia dizer a meu coração que eu nunca mais o veria? O amado que acalentava todos os meus sentimentos eu o veria novamente? Como dizer que ele partiu para viver a sua vida? E que agora não podia passar de uma estátua de cera sem vida ao gelo.
-Minha jovem... er... Escute-me...
-Ele voltou! Ele voltou! É ele?
Avisto a figura reconhecível
Meus olhos finalmente ficaram felizes por ver algo a distancia onde em qualquer lugar é perceptível para mim.
O vento, por um momento foi incrédulo, não acreditou na minha euforia diante dele, mas logo senti o velho vento de solidão e medo se afastar o que me confirmava que não era uma miragem de verão sob o Sol.

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