A cada dia que passa eu estaria mentindo para mim mesma se
não dissesse que sinto a sua falta todos os dias. E, se você pudesse saber o
que penso agora, eu diria que, se eu estivesse contigo nesta noite, cantaria
pra você dormir. E para cada dia que passasse, eu nunca deixaria que tirassem o
brilho dos seus olhos. És mais do que eu pensei, e penso nisso a cada momento
em que tu te moves pelo quarto, como se respirar fosse fácil. É inevitável não
disfarçar a entrega. Vejo o sentindo vulgar de
teus olhos e enquanto a minha carne está em tua boca. No momento em que tua
retina se dilata com facilidade... E eu vejo o estrago causado. A poesia diz de
nós o que é mais sincero. E arriscamos no vulgar das palavras, o sentimento que
se diz mais insano. Querido, todos os dias eu estou aprendendo sobre
você e sobre as coisas que mais ninguém vê. E o fim do dia acaba chegando cedo
demais... É como sonhar com anjos e partir sem eles. É chato te ver indo
embora.
Minhas palavras podem parecer clichê, no entanto, o mais
improvável sentimento que sinto é por você. Moreno, falas tão pouco, mas
consegues, e de forma bem explícita, a minha atenção. E por fim, no seu caos
silencioso acabo me afundando. Ás vezes sua voz ecoa no meu silêncio,
sua euforia disfarça a minha solidão, e acabo descansando os meus olhos em seu
peito largo, que, mesmo com a excitação, adormece junto a mim. E a partir daí
começo a sentir a sua paz, que antes não era possível senti-la pelo coração
disparado. E me protegendo de qualquer forma, fechando meus olhos quando não
quero enxergar. Ás vezes fico cega em você. Sempre com as mesmas palavras, as
mesmas metáforas. Minha mente é tão precisa em pensar demais que até me causa
enjoo.
No
entanto, com a boca serrada e com palavras tímidas, vindos de uma certa devoção
silenciosa, eu digo o que você já sabe, mesmo com todas as minhas metonímias, o
quanto gosto de você e o quanto te quero.
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