segunda-feira, outubro 31

Pequenos chuviscos, grandes mudanças.



  Vou correndo, como se isso me fizesse escapar dos pingos da chuva que se iniciava. Menos tempo na chuva, pode ser ilusório, mas tenho a impressão de que ficarei menos molhada, de que chegarei menos ensopada. E a água que caí é tão pura, tão simples. Desisto, saio da parada de ônibus e vou andando, afinal é sempre bom lavar a alma, e acabo por seguir meu caminho nesta chuva tão pura.
   Observo a estrada em que o caminho para os sonhos realizáveis é longa e traiçoeira. Obstáculos sempre surgem para incomodar os que ainda têm um problema, até mesmo para aqueles que apenas precisam sorrir. Humanos, humanos... Tão estranhos. Vejo rostos diversos e procuro uma razão para tal comportamento, não entendo porque viver de status, a que ponto eles chegaram em que ter poder é mais importante do que está com a família, com aqueles que amam?
   Quem dera se a chuva tivesse o mesmo poder para todos, quem sabe hoje, nesta tarde, eu poderia estar correndo sobre a chuva da felicidade com outras pessoas... Sonhos são sempre bem vindos, no meu caso, eles são já vem no alto, se expressam tão claramente que acabo por não perceber que falei alto.
   E continuo seguindo meu caminho interminável, sem mais me preocupar com começos, crises ou status, apenas seguindo em frente, como um vento forte que leva embora as folhas do outono.

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